Indicadores socioambientais de focos do Aedes aegypti no extremo sul de Santa Catarina

Autores

  • Ivan Merêncio Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Transportes e Gestão Territorial, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, Florianópolis http://orcid.org/0000-0003-1288-124X
  • Fabiane Andressa Tasca Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, Florianópolis http://orcid.org/0000-0002-3757-1339
  • Carlos Antônio Oliveira Vieira Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, Florianópolis http://orcid.org/0000-0003-4047-8466

DOI:

https://doi.org/10.22571/2526-433887

Palavras-chave:

Meio Ambiente, saneamento básico, saúde pública

Resumo

Esta pesquisa analisou a distribuição espacial de focos do Aedes aegypti encontrados em 2016 na área de abrangência da Associação de Munícipios do Extremo Sul Catarinense (AMESC) e comparou com indicadores socioambientais (precipitação, temperatura, saneamento básico e população). Todos os dados são secundários, disponibilizados por diferentes órgãos governamentais. Foram observados 44 focos distribuídos em 6 municípios, sendo que o município Passo de Torres concentrou 61% desses focos. Esta cidade faz fronteira com o Estado do Rio Grande do Sul, região afetada, e, assim como os demais municípios com alto índice de infestação, é atravessada longitudinalmente pela BR-101. Isto pode indicar que a BR-101 é o principal meio de dispersão do vetor. Há maior ocorrência do vetor nas estações mais quentes (verão e outono), entretanto, não foi observada correlação com a precipitação, ainda que em 2016 esta superou a média histórica da região. Apesar da boa cobertura do abastecimento de água, não há dados sobre resíduos, tampouco sobre o esgotamento na região. Assim, a indisponibilidade de dados específicos de saneamento prejudicou uma análise detalhada de aspectos relacionados a esse indicador. Embora estas informações possam ser utilizadas pelos gestores públicos para definição de diretrizes de combate ao mosquito, são necessárias maiores complementações em nível local.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brasil; 2014. Ministério da Saúde atualiza dados sobre casos de dengue. Acesso em 07/11/2017.
Brasil; 2017a. Ministério da Saúde; 2017a. Boletim Epidemiológico, nº 3, Volume 48. Acesso em 07/10/2017.
Brasil; 2017b. Orientação para profissionais de saúde sobre febre amarela silvestre. Portal da Saúde. Acesso em 12/11/2017.
Brasil; 2017c. Centro de operações de emergências em saúde pública sobre febre amarela. Ministério da Saúde. Acesso em 12/11/2017.
Cabral, J. de A.; Freitas, M.V. de. 2012. Distribuição Espacial e Determinantes Socioeconômicos e Demográficos da Dengue nos Municípios Brasileiros. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, 6(1): 81-95.
CEVS (Centro Estadual de Vigilância em Saúde); 2017. Informativo Epidemiológico Dengue, Chikungunya, Zika Vírus e Microcefalia. Acesso em 01/10/2017.
Costa, F.S., Silva, J.J.D., Souza, C.M.D., & Mendes, J. 2008. Dinâmica populacional de Aedes aegypti (L) em área urbana de alta incidência de dengue. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 41(3) 309-12.
Dive/SC - Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina; 2017. Boletim Epidemiológico n° 37/2016 Situação da dengue, febre do chikungunya e zika vírus em Santa Catarina. Acesso em 07/11/2017.
Dive/SC - Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina; 2018. Boletim Epidemiológico n° 26/2017 Vigilância entomológica do Aedes aegypti e situação epidemiológica da dengue, febre de chikungunya e zika vírus em Santa Catarina. Acesso em 14/03/2018.
Flauzino, R.F., Souza-Santos, R., & de Oliveira, R.M. 2011. Indicadores socioambientais para vigilância da dengue em nível local. Revista Saúde e Sociedade, 20(1) 225-240.
Freitas, R.M. de; Lorenço, R.L. de. 2009. Presumed unconstrained dispersal of Aedes aegypti in the city of Rio de Janeiro, Brazil. Revista Saúde Pública, 43(1) 8-12.
FUNASA - Fundação Nacional de Saúde; 2017. Portal do Saneamento Básico. Acesso em 01/08/2017.
Gianuca, K.S.; Tagliani, C.R.A. 2011. Análise em um Sistema de Informação Geográfica (SIG) das alterações na paisagem em ambientes adjacentes a plantios de pinus no Distrito do Estreito, município de São José do Norte, Brasil. Revista de Gestão Costeira Integrada, 12(1) 43-55.
Heckmann, M.I.O. 2012. Dengue: Aspectos Epidemiológicos e o primeiro surto ocorrido na região do Médio Solimões, Coari–Amazonas, no período de 2008-2009. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 44(4) 471-474.
Hidroweb; 2016. Séries Históricas. Acesso em 02/08/2017.
IBGE Cidades; 2017. Estimativa populacional de 2017. Acesso em 02/07/2017.
Inmet; 2017. Normais climatológicas para o período 1960 - 2004. Acesso em 23/Mai/2017.
Leite, M. E., Fonseca, D. D. S. R., & Braz, C. K. R 2008. Uso do SIG na análise da dengue: aplicação na microrregião de Montes Claros/Bocaiúva, Minas Gerais, Brasil. Hygeia: Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, 3(6) 126-141.
Marinho, R.A. 2013. Ecobiologia de Aedes aegypti (L.1762) (Diptera: Culicidae) associada a fatores climáticos em três mesorregiões da Paraíba. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós Graduação em Ecologia e Conservação / Universidade Estadual da Paraíba , Campina Grande, Paraíba. 76p.
Marteis, L.S., Steffler, L.M., Araújo, K.C.G.M.D., & Santos, R.L.C.D. 2013. Identificação e distribuição espacial de imóveis-chave de Aedes aegypti no bairro Porto Dantas, Aracaju, Sergipe, Brasil entre 2007 e 2008. Cad. Saúde Pública, 29(2) 368-378.
Scandar, S.A.S., Vieira, P., Cardoso Junior, R.P., Silva, R.A.D., Papa, M., & Sallum, M.A.M. 2010. Dengue em São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, Brasil, 2005: fatores entomológicos, ambientais e socioeconômicos. BEPA, Bol. epidemiol. paul. 7(81) 04-16.
Schaffner, F.; Mathis, A. 2014. Dengue and dengue vectors in the WHO European region: past, present, and scenarios for the future. The Lancet Infectious Diseases, 14(12) 1271-1280.
Segurado, A.C., Cassenote, A.J., & Luna, E.D.A. 2016. Saúde nas metrópoles - Doenças infecciosas. Estudos Avançados. Revista Estudos Avançados, 30(86) 29-49.
SNIS - Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento; 2017. Acesso em 07/Nov/2017.
Viana, D.V.; Ignotti, E. 2013. A ocorrência da dengue e variações meteorológicas no Brasil: revisão sistemática. Revista Brasileira de Epidemiologia, 16(2) 240-256.
Zara, A.L.D.S.A., Santos, S.M.D., Fernandes-Oliveira, E.S., Carvalho, R.G., & Coelho, G.E. 2016. Estratégias de controle do Aedes aegypti: uma revisão. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 25(2), 391-404.

Downloads

Publicado

2018-05-28

Edição

Seção

Ecologia