Contribuições ao conhecimento de Aptychopsis cylindrothecia (Sematophyllaceae): uma endêmica e interessante espécie do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.22571/2526-4338648Resumo
Aptychopsis cylindrothecia é uma espécie endêmica e pouco conhecida no país. No presente estudo, é apresentado informações sobre a sua taxonomia, morfologia e ecologia. Os dados taxonômicos e morfológicos foram obtidos através da análise dos tipos nomenclaturais. Por ser uma espécie pouco conhecida e com poucos registros, foram utilizados modelos de distribuição para estimar as áreas com maior adequabilidade ambiental e localizar novas populações, usando o MaxEnt. Também foram analisados o status de conservação da espécie e estimado a extensão de ocorrência (EOO) e área de ocupação (AOO) no R software. Dois conjuntos de dados foram usados para a modelagem. O primeiro conjunto de dados utilizou os dados prévios depositados em herbário. Os resultados desta análise serviram de base para localizar novas populações. O segundo conjunto de dados foi composto pelas informações iniciais mais as novas populações encontradas. Atualmente, a espécie apresenta AOO de 52 km² e EOO 827.710 km², ambas as análises classificam a espécie no status menos preocupante. Os modelos indicam que a espécie pode ser encontrada preferencialmente na Floresta Atlântica, em florestas de altitude no sudeste do país. Os dados aqui apresentados, servem de base para a compreensão no aspecto taxonômico, morfológico e ecológico de A. cylindrothecia.
Downloads
Referências
Batista, W.V.S.M. & Santos, N.D. (2016). Can regional and local filters explain epiphytic bryophyte distributions in the Atlantic Forest of southeastern Brazil? Acta Botanica Brasilica, 30(3), 462-472. doi: 10.1590/0102-33062016abb0179
Buck W. & Vital D.M. (1992). Paranapiacabaea paulista, a new genus and species of Sematophyllaceae from southeasten Brazil. Brittonia, 44(3), 339-343. doi: 10.2307/2806937
Câmara, P.E.A.S. & Carvalho-Silva, M. (2020). Sematophyllaceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB603992. (acesso em 28-VII-2022).
Carvalho-Silva, M., Stech, M., Soares-Silva, L.H., Buck, W.R., Wickett, N.J., Liu, Y. & Câmara, P.E.A.S. (2017). A molecular phylogeny of the Sematophyllaceae s.l. (Hypnales) based on plastid, mitochondrial and nuclear markers, and its taxonomic implications. Taxon, 66, 811-831. doi: 10.12705/664.2
Costa, D.P. (1999). Metzgeriaceae (Metzgeriales, Hepatophyta) no Brasil (Tese de doutorado). Universidade de São Paulo, Instituto de biociências, São Paulo.
Costa, D.P. & Peralta, D.F. (2015). Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia, 66(4), 1063-1071. doi: 10.1590/2175-7860201566409
Costa, D.P., Pôrto, K.C., Luizi-Ponzo, A.P., Ilkiu-Borges, A.L., Bastos, C.J.P., Câmara, P.E.A.S., Peralta, D.F., Bôas-Bastos, S.B.V., Imbassahy, C.A.A., Henriques, D.K., Gomes, H.C.S., Rocha, L.M., Santos, N.D., Sivieiro, T.S., Vaz-Imbassahy, T.F. & Churchill, S.P. (2011). Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia, 93, 277-334. doi: 10.1127/0029-5035/2011/0093-0277
Costa, D.P. & Santos, N.D. (2009). Conservação de hepáticas na Mata Atlântica do sudeste do Brasil: uma análise regional no estado do Rio de Janeiro. Acta Botanica Brasilica, 23(4), 913-922. doi: 10.1590/S0102-33062009000400001
Dauby, G., Stévart T., Droissart, V., Cosiaux, A., Deblauwe, V., Simo-Droissart, M., Sosef M.S.M., Lowry, P.P., Schatz, G.E., Gereau, R.E. & Couvreur, T.L.P. (2017). ConR: An R package to assist large-scale multispecies preliminary conservation assessments using distribution data. Ecology and Evolution, 24(7), 11292-11303. doi: 10.1002/ece3.3704
Dormann, C.F., Elith, J., Bacher, S., Buchmann, C., Carl, G., Carre, G., Garcia Marquez, J.R., Gruber, B., Lafoourcade, B., Leitao, P.J., Münkemüller, T., Mcclean, C., Osborne, P.E., Reineking, B., Schröder, B., Skidmore, A.K., Zurell, D. & Lautenbach, S. (2013). Collinearity: a review of methods to deal with it and a simulation study evaluating their performance. Ecography, 36(1), 27-46. doi: 0.1111/j.1600-0587.2012.07348.x
Evangelista-dos-Santos, M., Valente, E.B., Câmara, P.E.A.S., Souza, A.M. & Cerqueira, A.H.G. (2020). Família Sematophyllaceae sensu stricto Broth. no estado da Bahia. Pesquisas Botânica, 75, 251-273.
Evangelista-dos-Santos, M. Aptychopsis in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB96943>. (acesso em 30-III-2023).
Frahm, J.P. 2008. Diversity, dispersal and biogeography of bryophytes (mosses). Biodiversity and conservation, 17(2), 277-284.
GBIF. 2021. Sematophyllum cylindrothecium (Broth.) W.R.Buck & A.Schäfer-Verwimp in GBIF Secretariat. Disponível em https://www.gbif.org/pt/species/7545288 (acesso em 25-V-2022).
Gradstein, S.R. & Costa, D.P. (2003). The Hepaticae and Anthocerotae of Brazil. Memoirs of The New York Botanical Garden 87.
Inácio-Silva, M., Carmo, D.M. & Peralta, D.F. (2017). As espécies brasileiras endêmicas de Campylopus Brid. (Bryophyta) estão ameaçadas? Uma análise usando modelagem para avaliar os seus estados de conservação. Hoehnea, 44(3), 464-472.
IUCN. (2019). Guidelines for using the IUCN Red List Categories and Criteria. Version 14 (August 2010). Prepared by the Standards and Petitions Committee. 2019. Guidelines for Using the IUCN Red List Categories and Criteria. Version 14. Prepared by the Standards and Petitions Committee. Disponivel em http://www.iucnredlist.org/documents/RedListGuidelines.pdf. (29-VI-2022).
Manel, S., Williams, H.C. & Ormerod, S.J. (2001). Evaluating presence-absence models in ecology: the need to account for prevalence. Journal of Applied Ecology, 38, 921-931. doi: 10.1046/j.1365-2624.2001.00647.x
Phillips, S.J., Anderson, R.P. & Schapire, R.E. (2006). Maximum entropy modeling of species geographic distributions. EcolModell, 190, 231-259. doi: 10.1016/j.ecomodel.2005.03.206
Pócs, T. (1982). Tropical Forest Bryophytes. In: A.J.E., Smith. Bryophyte Ecology. Chapman and Hall, New York. pp. 59-104.
R Core Team (2022). R: A language and environment for statistical computing. Vienna,
R Foundation for Statistical Computing.
Richter, S., Schutze, P. & Bruelheide, H. (2009). Modelling epiphytic bryophyte vegetation in an urban landscape. Journal of Bryology, 31, 156-168. doi: 10.1179/174328209X431277
Scarano, F.R. (2009). Plant communities at the periphery of the Atlantic rain forest: Rare-species bias and its risks for conservation. Biological conservation, 142, 1201-1208. doi: 10.1016/j.biocon.2009.02.027
Schofield, W.B. (1985). Introduction to Bryology. New York: Macmillan.
Schäfer-Verwimp A. (1991). Contribuition to the Knowledge of the Bryophyte Flora of Espírito Santo, Brazil. Journal Hattori Botanical Laboratority, 69, 147-170.
Sérgio, C., Vieria, C., Claro, D. & Garcia, C. (2011). Conocephalum salebrosum Szweykowski, Buczkowska & Odrzykoski (Marchantiopsida): modelling the occurrence of a hygrophytic species new to the brioflora of Portugal, Madeira and Azores. Journal of Bryology, 33(1), 30-34. doi: 10.7872/cryb.v35.iss2.2014.223
Silva, M.P.P., Kamino, L.H.Y. & Pôrto, K.C. (2014). Is the current network system of protected areas in the Atlantic Forest effective in conserving key species of bryophytes? Tropical Conservation Science, 7, 61-74. doi: 10.1177/19400829140070011
Species Link. Sematophyllaceae. Disponível em https://specieslink.net/search/ (acesso em 25-VII-2022).
Visnadi, S. (2015). Brioflora do Parque Estadual Intervales, São Paulo, Brasil: uma importante área para conservação da biodiversidade da Mata Atlântica do Sudeste brasileiro. Boletim do Museu Paranaense Emílio Goeldi, 10(1), 105-125.
Vanderpoorten, A. & Goffinet, B. (2009). Introduction to Bryophytes. New York: Cambridge University Press.
Werneck, M.D.S., Sobral, M.E.G., Rocha, C.T.V., Landau, E.C. & Stehmann, J.R. (2011). Distribution and endemism of angiosperms in the Atlantic Forest. Natureza & Conservação, 9(2), 188-193. doi: 10.4322/natcon.2011.024
WordClim. (2016). Global Climate and weather data. Disponível em https://www.worldclim.org/data/index.html (acesso em 12-I-2022)